A literatura como passagem: reflexões em torno das ficções em desassossego



Título del documento: A literatura como passagem: reflexões em torno das ficções em desassossego
Revista: Alea: estudos neolatinos
Base de datos:
Número de sistema: 000566450
ISSN: 1517-106X
Autors: 1
Institucions: 1UFF,
Any:
Període: Ene-Jun
Volum: 11
Número: 1
Paginació: 111-129
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en portugués Este artigo trata do uso ficcional do naufrágio como metáfora em textos do século XVIII, tais como o Robinson Crusoe, de Daniel Defoe, e o Émile, de Jean-Jacques Rousseau, tanto quanto em romances contemporâneos, como O náufrago (Der Untergeher), de Thomas Bernhard, como um meio para abordar as transformações do pensamento iluminista em direção ao que Zygmunt Bauman chamou de "modernidade líquida". Considera os vínculos entre o ceticismo e o pensamento trágico, conectando estas ideias às criativas e decisivas acepções do conceito de passagem, esboçado por Walter Benjamin em seus estudos sobre a poesia de Baudelaire e, em especial, no "livro em aberto" que nos legou com as suas Passagens. Por fim, reflete sobre a metáfora-conceito "passagem" vista como uma sugestiva maneira de focalizar a literatura em nosso tempo, em especial aqueles romances que podem ser chamados de "ficções do desassossego".
Resumen en inglés This essay deals with the fictional use of the shipwreck as a metaphor in eighteenth-century works, such as in Daniel Defoe's Robinson Crusoe and Jean-Jacques Rousseau's Emile, as well as in contemporary novels, such as Thomas Bernhard's Der Untergeher (The Shipwrecked), as a pathway to address the transformations of Enlightenment thought into what Zygmunt Bauman has called 'liquid modernity'. It considers the links between Skepticism and tragic thinking, and connects these ideas with insightful and decisive formulations by Walter Benjamin, in his work on Baudelaire's poetry and especially in his Arcades project. Finally, the essay discusses the concept of "arcades" an excellent metaphor to approach literature in our time, particularly those novels that can be named "fictions of disquiet".
Otro resumen Cet article traite de l'usage fictionnel du naufrage en tant que métaphore aussi bien dans des textes du XVIIIe siècle, tels que le Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, et L'Émile, de Jean-Jacques Rousseau, que dans des romans contemporains, tels que Le Naufragé (Der Untergeher), de Thomas Bernhard, comme un moyen d'aborder les transformations de la pensée illuministe en ce que Zygmunt Bauman a nommé "la modernité liquide". Le texte prend en considération les rapports entre le scepticisme et la pensée tragique, connectant ces idées aux acceptions créatives et décisives du concept de passage, ébauché par Walter Benjamin dans ses études sur la poésie de Baudelaire et, en particulier, dans ce "livre inachevé" qu'il nous a laissé dans ses Passages. Finalement il réfléchit sur la métaphore-concept de "passage" vue comme une manière suggestive d'examiner la littérature à l'heure actuelle, surtout ces romans que l'on pourrait appeler des "fictions de l'inquiétude".
Keyword: Literature,
Arcades,
Fiction,
Disquiet,
Liquid modernity,
Walter Benjamin
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