Deixar correr a tinta, estancar o sangue: Cartas de António Lobo Antunes em Angola



Título del documento: Deixar correr a tinta, estancar o sangue: Cartas de António Lobo Antunes em Angola
Revue: Estudos Ibero-Americanos
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000445774
ISSN: 0101-4064
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal do Para, Programa de Pos-graduacao em Letras, Belem, Para. Brasil
Año:
Periodo: Ene-Abr
Volumen: 43
Número: 1
Paginación: 172-181
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Descriptivo
Resumen en español En 1971, António Lobo Antunes es movilizado para combatir en África. Ve así interrumpido el curso de los días en Lisboa: privado de la compañía de la mujer, privado también del contacto con familiares y amigos, deja en suspenso una vida para dar inicio a otra – pero eso no es vida. La fragilidad causada por la guerra y la banalización de la muerte le dan a conocer otro grado de manifestación de la excepción. Es desde ese lugar que comienza a escribir cartas para María José, su mujer, en una escritura ansiosa que regresa repetidamente a cuestiones liadas a un cotidiano que pretende recuperar. Al adentrarnos en la lectura de estos breves momentos –tejido de relaciones cotidianas que construye con el ir y venir de la cartas– pretendemos con el presente trabajo pensar la forma singular de resistencia que ofrecen estas cartas escritas en tiempos de excepción; una resistencia que tiene que ver con lo particular, estando constituida, sobre todo, por palabras de personas comunes, lejos del protagonismo militar o político, que guardan la memoria de acontecimientos traumáticos. Pretendemos igualmente contribuir para la abertura de los problemas historiográficos derivados de la persistencia de una versión única y cristalizada de la historia, que insiste en pasar la página de un tema que no se encuentra encerrado, de una justicia que tarda, considerando las voces debajo de la superficie – por una sociedad contra las políticas de la desmemoria, por la superación de la memoria de los tiempos de la dictadura
Resumen en inglés In 1971, António Lobo Antunes is mobilized to fight in Africa. Therefore, he gets the course of the days in Lisbon interrupted: bereft of the company of his wife, bereft as well of his friends and family, leaves one life in suspension to start another one – but that is not life. The fragility caused by war and the banalization of death let him know another level of exception. From that place, he starts writing letters to Maria José, his wife, with an anxious writing that repeatedly returns to daily matters, which he aims to restore. Taking the reading of these brief moments – a fabric of everyday relations put together by correspondence – this paper aims to think this unique form of resistance offered by this letters written in times of exception: a resistance concerning the private, been, above all, words of common people, with no political nor military role, that keep the memory of traumatic events. We also aim to contribute to open historiographical problems derived from the persistence of a unique version of history for a matter that is not closed, from an overdue justice, considering the voices above the surface – to recover the memory from dictatorship times
Resumen en portugués Em 1971, António Lobo Antunes é mobilizado para combater em África. Vê assim interrompido o curso dos dias em Lisboa: privado da companhia da mulher, privado também do contato com familiares e amigos, deixa em suspenso uma vida para dar início a outra – mas isso não é vida. A fragilidade causada pela guerra e a banalização da morte dão-lhe a conhecer um outro grau na manifestação da exceção. É desse lugar que começa a escrever cartas para Maria José, a sua mulher, numa escrita ansiosa que regressa repetidamente a questões ligadas a um cotidiano que pretende recuperar. Ao adentrar-nos na leitura destes breves momentos – tecido de relações cotidianas que constrói com a ida e volta das cartas – pretendemos com o presente trabalho, pensar a forma singular de resistência que oferecem estas cartas escritas em tempos de exceção: uma resistência que tem que ver com o particular, sendo, acima de tudo, palavras de pessoas comuns, situadas por fora do protagonismo militar ou político, que guardam a memória de acontecimentos traumáticos. Pretendemos igualmente contribuir para a abertura aos problemas historiográficos derivados da persistência de uma versão única e cristalizada da história, que insiste em passar a página de um tema que não se encontra encerrado, de uma justiça que tarda, considerando as vozes abaixo da superfície – por uma sociedade contra as políticas de desmemoria, pela recuperação da memória dos tempos da ditadura
Disciplinas: Historia
Palabras clave: Historia política,
Estado de excepción,
Correspondencia,
Guerra,
Lobo Antunes, Antonio,
Africa,
Resistencia,
Independencia,
Portugal
Texte intégral: Texto completo (Ver HTML)