O totem da deusa razão e o tabu do imperativo categórico: reflexões sobre ética e psicanálise na modernidade e na pós-modernidade



Título del documento: O totem da deusa razão e o tabu do imperativo categórico: reflexões sobre ética e psicanálise na modernidade e na pós-modernidade
Revista: Estudos de psicanalise
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000466860
ISSN: 0100-3437
Autores: 1
Instituciones: 1Fundacao de Apoio a Escola Tecnica do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Brasil
Año:
Periodo: Dic
Número: 48
Paginación: 167-180
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés Through a possible interpretation of the present myth in Freud’s Totem and Taboo (1913) about the origin of the law, we aim to find a psychoanalytic overview, thus moving away from an ethnic-historiographic discussion. From that perspective, we propose a construction that intends to relate the ancient totemism characteriscs to those of the myth of the goddess of reason. The same way, we make an analogy between the taboo from the toteism and Kantian categorical imperative – based on the idea of reason of the Enlightenment. If we consider the sign “reason” during the Enlightenment, this “totem” would not exist in our postmodern time anymore. Thus the law of “our categorical imperative” (FREUD, 1913) would not make any sense nowadays. Would we be in a society with no law in psychoanalytical sense? Some would believe so. But we consider that the Freudian thought was more influenced by the german Romantism than by the Enlightement and Positivism, so we understand the notion of law in Freud’s work as a historical and personal becoming. If, and only if, this may be possíble, our totem of the goddess reason would also be a historical and personal flow: an interpretative reason. Therefore, the psychoanalytical knowledge, or rather, the experience of Psychoanalysis could be seen as a possible way of life for the human being, who is befor the abyss in a society in which totems and laws are so mutable. That enabled us to create a dialogue between Ethics and Psychoanalysis, using both psychoanalytical and philosophical arguments
Resumen en portugués Através de uma interpretação possível do mito presente em Totem e tabu, de Freud ([1913] 2006) sobre a origem da lei, buscamos um olhar psicanalítico; assim, afastamo-nos de uma discussão étnico-historiográfica. De tal perspectiva, propomos uma construção que busca relacionar as características do totemismo antigo àquelas do mito da deusa razão dos iluministas. Da mesma forma, seguindo as trilhas de Freud, tecemos uma analogia entre o tabu a partir do totemismo, bem como o imperativo categórico kantiano a partir da ideia de razão iluminista. Se considerarmos o significante “razão” no contexto de Iluminismo, esse “totem” não existiria mais em nossa temporalidade pós-moderna, logo a lei do “nosso imperativo categórico”, citando o próprio Freud (1913), não possuiria mais sentido na atualidade. Estaríamos numa sociedade sem lei, no sentido psicanalítico? Alguns podem afirmar que sim. Porém, ao considerarmos o pensamento freudiano como maior herdeiro do Romantismo alemão do que do Iluminismo e do Positivismo, entendemos a noção de lei em Freud como um devir histórico-pessoal. Se, e somente se, isso for possível, nosso totem da deusa razão seria também um fluir histórico-pessoal: uma razão interpretativa. Assim, o saber psicanalítico, ou melhor, a vivência ou a experiência da psicanálise poderia se apresentar como um caminho possível para o homem diante do abismo de uma sociedade cujos totens e leis já não permanecem, mas são mutáveis. Isso nos permitiu um diálogo entre ética e psicanálise, tanto por argumentos psicanalíticos como por filosóficos
Disciplinas: Psicología
Palabras clave: Psicoanálisis,
Historia y filosofía de la psicología,
Totem,
Razón ilustrada,
Iluminismo,
Etica,
Tabú,
Ley,
Posmodernidad
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