Escrito no corpo: genero, educacao e socialidade na amazonia numa perspectiva kaxinawa



Título del documento: Escrito no corpo: genero, educacao e socialidade na amazonia numa perspectiva kaxinawa
Revista: Revista da FAEEBA
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000321594
ISSN: 0104-7043
Autors: 1
Institucions: 1Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciencias Humanas, Salvador, Bahia. Brasil
Any:
Període: Ene-Jun
Volum: 19
Número: 33
Paginació: 87-104
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés In the 1980s, the Pro-Indian Commission of the state of Acre developed an educational project aimed at training indigenous teachers, enabling them to teach literacy skills to their relatives and to create indigenous schools. The object was to empower indigenous to escape debt slavery relations with Brazilian bosses and trades. The article presents an ethnographic discussion of the first years of this project, focusing on the Cashinahua schools. With few exceptions, all the teachers chosen by the Cashinahua were male and so were their pupils. This paper discusses the relationship between gender, personhood, sociality and school education among the Cashinahua, focusing on the question of women’s absence from the classroom in that period. It asks whether women thereby ran the risk of disempowerment in the context of the social, political and economic developments to which they were subject. The ethnographic discussion shows that from an indigenous perspective, female school education was not seen as empowerment. Rather, women were preoccupied in strengthening female participation in the production of sociality, seeking to widen their access to the art of weaving graphic design. The paper suggests that the overwhelming predominance of men among indigenous schoolteachers in Brazil may be explained as the result of the operation of similar logics with respect to gender, epistemology and sociality among other indigenous peoples
Resumen en portugués Nos anos 1980, a Comissão Pro-Índio do Acre (CPI-Acre) desenvolveu um projeto educacional que visava treinar professores indígenas, apoiá-los na alfabetização de seus parentes e criar escolas verdadeiramente indígenas. O seu objetivo era empoderar2 os índios e pôr um fim às relações de escravidão, baseadas no endividamento permanente para com seus patrões e comerciantes brasileiros aos quais haviam sido submetidos historicamente. Este artigo apresenta uma discussão etnográfica dos primeiros anos do projeto do CPI-Acre, focando as escolas Kaxinawá. Com poucas exceções, todos os professores escolhidos pelos Kaxinawá e todos os alunos eram do sexo masculino. Este artigo discute a relação entre os conceitos de gênero, pessoa, socialidade3 e educação escolar, entre os Kaxinawá, focalizando a questão da ausência das mulheres nas salas de aula, naquela época. Levanta a questão do risco de desempoderamento das mulheres no dinâmico contexto social, político e econômico em que estavam inseridas. A discussão etnográfica mostra que a educação escolar feminina não era entendida como empoderamento. Pelo contrário, as mulheres se preocupavam em fortalecer a sua participação na produção de socialidade, procurando aumentar o seu acesso à arte de tecer o desenho gráfico. O artigo sugere que a grande predominância de homens entre os professores indígenas no Brasil pode ser explicada como o resultado de lógicas semelhantes, no que diz respeito a gênero, epistemologia e socialidade entre outros povos indígenas
Disciplines Antropología,
Educación
Paraules clau: Sistemas educativos,
Géneros,
Educación indígena,
Kaxinawas,
Escritura,
Amazonia,
Brasil
Text complet: Texto completo (Ver PDF)