Ética e Violência no Brasil



Document title: Ética e Violência no Brasil
Journal: Bioethikos
Database: CLASE
System number: 000392027
ISSN: 1981-8254
Authors: 1
Institutions: 1Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo. Brasil
Year:
Season: Oct-Dic
Volumen: 5
Number: 4
Pages: 378-383
Country: Brasil
Language: Portugués
Document type: Artículo
Approach: Aplicado, descriptivo
Spanish abstract La violencia no se percibe donde se origina y donde se define como violencia correctamente, es decir, como todas las prácticas e ideas que reduzcan sujetos a la condición de una cosa, que viola el ser de alguien interna y externamente, que perpetúa relaciones sociales de profunda desigualdad económica, social y cultural. Más que eso, la sociedad no percibe que las propias explicaciones ofrecidas son violentas, porque no pueden identificar el lugar verdadero de la producción de la violencia, es decir, la estructura de la sociedad brasileña. Así, las desigualdades económicas, sociales y culturales, las exclusiones económicas, sociales y políticas, y la corrupción como el modus operandi de las instituciones, el racismo, el sexismo, de la intolerancia religiosa, sexual y política no se consideran como formas de violencia, es decir, no se percibe a la sociedad brasileña como estructuralmente violenta, y la violencia aparece como hecho esporádico de superficie. En otras palabras, la mitología y los procedimientos ideológicos hacen que no se perciba la violencia que estructura y organiza las relaciones sociales brasileñas, y, como no se percibe, se naturaliza la violencia, y esta naturalización mantiene la mitología de la no-violencia, con la cual la gente defiende la “vuelta a la ética” y esta “ética” no es una verdadera ética, sigo una ideología que sirve a ocultar la violencia constitutiva de la sociedad brasileña
English abstract Violence is not perceived where it originates and where it is defined as violence properly, that is, as all practices and ideas that reduce subjects to the condition of a thing, that violates the being of somebody both internally and externally, that perpetuates social relations of deep economic, social and cultural inequality. More than that, society does not perceive that the very explanations offered are violent, because they are unable to identify the real place of violence production, that is, the structure of the Brazilian society. Thus, economic, social and cultural inequalities, economic, social and political exclusions, and the corruption as the modus operandi of institutions, racism, sexism, religious, sexual and political intolerance are not considered forms of violence, that is, the Brazilian society is not perceived as structurally violent, and violence appears as a sporadic fact of surface. In other words, the ideological mythology and procedures make the violence that structures and organizes Brazilian social relations not to be perceived, and, as it is not perceived, violence is naturalized, and this naturalization maintains the mythology of non-violence, with which people argue for the “return to ethics” and this “ethics” is not the true ethics but rather an ideology that serves to occult the constituent violence of the Brazilian society
Portuguese abstract A violência não é percebida onde se origina e onde se define como violência propriamente dita, isto é, como toda prática e toda ideia que reduza um sujeito à condição de coisa, que viole interior e exteriormente o ser de alguém, que perpetue relações sociais de profunda desigualdade econômica, social e cultural. Mais do que isso, a sociedade não percebe que as próprias explicações oferecidas são violentas, porque está cega ao lugar efetivo de produção da violência, isto é, a estrutura da sociedade brasileira. Dessa maneira, as desigualdades econômicas, sociais e culturais, as exclusões econômicas, políticas e sociais, a corrupção como forma de funcionalismo das instituições, o racismo, o sexismo, a intolerância religiosa, sexual e política não são consideradas formas de violência, isto é, a sociedade brasileira não é percebida como estruturalmente violenta, e a violência aparece como um fato esporádico de superfície. Em outras palavras, a mitologia e os procedimentos ideológicos fazem com que a violência que estrutura e organiza as relações sociais brasileiras não possa ser percebida e, por não ser percebida, é naturalizada, sendo que essa naturalização conserva a mitologia da não-violência, com a qual se brada pelo “retorno à ética” e essa “ética”, não é a verdadeira ética e sim uma ideologia que serve para ocultar a violência constitutiva da sociedade brasileira
Disciplines: Filosofía,
Sociología
Keyword: Etica,
Filosofía de la ciencia,
Bioética,
Problemas sociales,
Ideología,
Estratificación social,
Sociedad,
Violencia,
Brasil
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